terça-feira, 21 de dezembro de 2010

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Prova Tianguá 8º ano

CEB - 2010
PROVA TIANGUÁ – 8º ANO
BANCO DE ITÉNS 01

1. Roberta adora brincar com os números. Ela resolveu desafiar Ivan, seu colega, a escrever quanto valem.
12 unidades de milhar + 3 centenas + 51 unidades
Ivan acertou. Ele escreveu
(A) 120 351
(B) 12 810
(C) 12 351
(D) 12 081

2. Raul comprou um suco de goiaba, uma batata frita e um cachorro-quente. O valor total desse lanche foi de R$ 4,45. Raul pagou com uma nota de R$ 5,00. Quanto ele recebeu de troco?
(A) R$ 0,55
(B) R$ 0,65
(C) R$ 1,45
(D) R$ 1,65

3. Numa gincana, foram arrecadados 80 kg de alimentos para serem distribuídos no Natal. Essa quantidade, em gramas, equivale a
(A) 80.000.
(B) 8.000.
(C) 800.
(D) 80.

4. Uma partida de futebol tem duração de 90 minutos, que corresponde a
(A) 1 hora e 15 minutos.
(B) 1 hora e 20 minutos.
(C) 1 hora e 30 minutos
(D) 1 hora e 35 minutos

5. José ganhou uma coleção de carrinhos de brinquedos. Deu 18 carrinhos dessa coleção a seu irmão caçula, ficando com 26. Quantos carrinhos tinham nessa coleção?
(A) 8
(B) 18
(C) 34
(D) 44
6. Lúcia comprou uma televisão e pagou em 3 parcelas iguais de R$ 120,00. Qual é o valor da televisão que Lúcia comprou?
(A) R$ 40,00
(B) R$ 120,00
(C) R$ 360,00
(D) R$ 480,00

7. Veja no gráfico a quantidade de frutas vendidas no mercado de seu Pedro, durante um final de semana.










Quantas maçãs foram vendidas?
(A) 60
(B) 50
(C) 40
(D) 30

8. Joana mora no bairro Luz. Veja o mapa de uma parte do seu bairro.










Joana mora na Rua Cândido Pereira. Para ir ao banco, pelo caminho mais curto, ela deverá seguir pela Rua Aparecida e virar

(A) à esquerda na rua Samuel da Costa.
(B) à esquerda na Rua Sebastião Salgado.
(C) à esquerda na Rua Desembargador Rodrigues.
(D) à direita na Avenida Conceição.

9. Veja o número na ficha abaixo.
108

Esse número corresponde a
(A) 10 + 8.
(B) 10 + 80.
(C) 100 + 8.
(D) 800 + 10.

10. Seu Antônio possui uma grande fazenda. Ele presenteou os seus 4 netos da seguinte maneira.








Qual dos netos ficou com a menor parte da fazenda?
(A) Francisco.
(B) Felipe.
(C) Lúcia.
(D) Júlia.

11. Regina resolveu distribuir os três reais que tem em três latinhas, de acordo com as figuras abaixo.


Quantas moedas há nestas três latinhas?
(A) 16
(B) 60
(C) 130
(D) 160

12. Um caminhoneiro gastou 36 dias para fazer uma viagem. Ele fez essa viagem em
(A) 5 semanas.
(B) 5 semanas e 1 dia.
(C) 7 semanas.
(D) 7 semanas e 1 dia.
13. Em uma competição de salto triplo, Luísa atingiu no seu primeiro pulo 3 metros, no segundo ela atingiu 3,7 metros e, no último, 2,7 metros. Qual a distância que Luísa atingiu no final de sua apresentação?
(A) 2,71 metros.
(B) 6,21 metros.
(C) 9,41 metros.
(D) 9,71 metros.

14. O quadro a seguir mostra os resultados de um campeonato de futebol de uma escola, disputada pelos times A e B de cada série.
Séries Números de pontos dos times
Time A Time B
5ª 8 12
6ª 6 20
7ª 15 6
8ª 17 10

Com base nesses resultados, em qual das séries o time A obteve o maior número de pontos?
(A) 5ª
(B) 6ª
(C) 7ª
(D) 8ª

15. Os amigos Pedro, Renato e Roberto comemoraram a vitória do seu time numa pizzaria. Eles dividiram uma pizza em 8 pedaços iguais. Pedro comeu 3/8, Renato comeu 1/8 e Roberto comeu 2/8 dessa pizza. Que fração da pizza eles comeram?
(A) 6/8
(B) 4/8
(C) 6/14
(D) 6/24

16. No número 784.321, qual é o algarismo que ocupa a ordem das unidades de milhares?
(A) 1
(B) 2
(C) 4
(D) 8
17. O quadro abaixo mostra os ingredientes usados por Mariana para fazer um bolo de chocolate.
Ingredientes Quantidades
Açúcar 200 g
Chocolate 150 g
Farinha 300 g
Fermento 50 g

Qual é o ingrediente usado em maior quantidade nessa receita?
(A) Açúcar.
(B) Chocolate.
(C) Farinha.
(D) Fermento.

18. Kátia usou canudos de refrigerante e bolinhas de isopor para construir uma pirâmide. Veja o desenho da pirâmide que ela construiu.






Quantas arestas e quantos vértices têm essa pirâmide?
(A) 8 arestas e 4 vértices.
(B) 4 arestas e 4 vértices.
(C) 8 arestas e 5 vértices.
(D) 6 arestas e 5 vértices.

19. Numa escola, foi realizada uma pesquisa com 300 alunos, para saber qual era o esporte que eles gostariam de treinar.








O esporte preferido pelos alunos é
( A ) Futebol.
( B ) Basquete.
( C ) Voleibol.
( D ) Ginástica.


20. A caixa de Carlos tem forma de um cubo.
Cada face dessa caixa tem a forma de um
( A ) círculo.
( B ) triângulo.
( C ) quadrado.
( D ) trapézio.

21. Maria foi a uma loja e comprou os seguintes brinquedos:






Maria gastou, na loja
( A ) R$ 3,00.
( B ) R$ 3,35.
( C ) R$ 3,55.
( D ) R$ 3,30.

22. A professora da 4ª série fez um gráfico com as faltas dos alunos. O mês em que os alunos mais faltaram foi






( A ) abril.
( B ) março.
( C ) maio.
( D ) junho.

23. O material de Paulo custa R$ 80,00. Comprando à vista, ele teve um desconto de 10%. Ele pagou
( A ) 80,00.
( B ) 72,00.
( C ) 90,00.
( D ) 100,00.




24. O número trinta e oito mil trezentos e três se escreve
( A ) 308.303.
( B ) 38.303.
( C ) 30.303.
( D ) 30.8303.

25. Dois irmãos foram a uma lanchonete e pediram uma pizza. Um comeu 3/8 da pizza
( A ) 8/8.
( B ) 5/8.
( C ) 3/8.
( D ) 2/8.

26. Mariana mediu a altura de seu irmão com a trena representada abaixo. A altura indicada na trena é




( A ) 1 metro.
( B ) 1 metro e 20 centímetros.
( C ) 1 metro e meio.
( D ) 15 metros.

27. Todos os dias Dina come 2 pãezinhos: um no café da manhã e outro no jantar. Ao fim de 5 dias , ela terá comido
( A ) 5 pãezinhos.
( B ) 8 pãezinhos.
( C ) 9 pãezinhos.
( D ) 10 pãezinhos.

28. A representação gráfica abaixo mostra a extensão das linhas de trem em algumas cidades do país, em km.










De acordo com o gráfico, a cidade com a menor extensão ferroviária é
( A ) São Paulo.
( B ) Rio de Janeiro.
( C ) Fortaleza.
( D ) Vitória.

29. Ana tem uma jarra em que cabem 2 litros de suco. Medidos em mililitros, cabem nessa jarra
( A ) 2.000 ml.
( B ) 200 ml.
( C ) 20 ml.
( D ) 2 ml.

Professor Mauro Silva
PCA de Matemática e Ciências.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

língua Portuguesa SPAECE

SPAECE
  1. Como opera a máfia que transformou o Brasil num dos campeões da fraude de medicamentos

É um dos piores crimes que se podem cometer. As vítimas são homens, mulheres e crianças doentes — presas fáceis, capturadas na esperança de recuperar a saúde perdida. A máfia dos medicamentos falsos é mais cruel do que as quadrilhas de narcotraficantes. Quando alguém decide cheirar cocaína, tem absoluta consciên­cia do que coloca no corpo adentro. Às vítimas dos que falsificam remédios não é dada oportunidade de escolha. Para o doente, o remédio é compulsório. Ou ele toma o que o médico lhe receitou ou passará a correr risco de piorar ou até morrer. Nunca como hoje os brasileiros entraram numa farmácia com tanta reserva.

PASTORE, Karina. O Paraíso dos Remédios Falsificados.

Veja, nº 27. São Paulo: Abril, 8 jul. 1998, p. 40-41.

Segundo a autora, “um dos piores crimes que se podem cometer” é

(A) a venda de narcóticos.

(B) a falsificação dos remédios.

(C) a receita de remédios falsos.

(D) a venda abusiva de remédios.

2. Realidade com muita fantasia

Nascido em 1937, o gaúcho Moacyr Scliar é um homem versátil: médico e escri­tor, igualmente atuante nas duas áreas. Dono de uma obra literária extensa, é ainda um biógrafo de mão cheia e colaborador assíduo de diversos jornais brasileiros. Seus livros para jovens e adultos são sucesso de público e de crítica e alguns já foram publicados no exterior.

Muito atento às situações-limite que desagradam à vida humana, Scliar com­bina em seus textos indícios de uma realidade bastante concreta com cenas abso­lutamente fantásticas. A convivência entre realismo e fantasia é harmoniosa e dela nascem os desfechos surpreendentes das histórias.

Em sua obra, são freqüentes questões de identidade judaica, do cotidiano da medicina e do mundo da mídia, como, por exemplo, acontece no conto “O dia em que matamos James Cagney”.

Para Gostar de Ler, volume 27. Histórias sobre Ética. Ática, 1999.

A expressão sublinhada em “é ainda um biógrafo de mão cheia” (ℓ. 2) e (ℓ. 3) sig­nifica que Scliar é

(A) crítico e detalhista.

(B) criativo e inconseqüente.

(C) habilidoso e talentoso.

(D) inteligente e ultrapassado.

O texto conta a história de um homem que “entrou pelo cano”.

3. O Homem que entrou pelo cano

Abriu a torneira e entrou pelo cano. A princípio incomodava-o a estreiteza do tubo. Depois se acostumou. E, com a água, foi seguindo. Andou quilômetros. Aqui e ali ouvia barulhos familiares. Vez ou outra um desvio, era uma seção que terminava em torneira.

Vários dias foi rodando, até que tudo se tornou monótono. O cano por dentro não era interessante.

No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma criança brincava. Então per­cebeu que as engrenagens giravam e caiu numa pia. À sua volta era um branco imenso, uma água límpida.

E a cara da menina aparecia redonda e grande, a olhá-lo interessada. Ela gritou: “Mamãe, tem um homem dentro da pia”.

Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu pelo esgoto.

BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras Proibidas. São Paulo: Global, 1988, p. 89.

O conto cria uma expectativa no leitor pela situação incomum criada pelo enredo. O resultado não foi o esperado porque

(A) a menina agiu como se fosse um fato normal.

(B) o homem demonstrou pouco interesse em sair do cano.

(C) as engrenagens da tubulação não funcionaram.

(D) a mãe não manifestou nenhum interesse pelo fato.

4. O Ouro da biotecnologiaHomem de Meia-Idade

(Lenda chinesa)

Havia outrora um homem de meia-idade que tinha duas esposas. Um dia, indo visitar a mais jovem, esta lhe disse:

— Eu sou moça e você é velho; não gosto de morar com você. Vá habitar com sua esposa mais velha.

Para poder ficar, o homem arrancou da cabeça os cabelos brancos. Mas, quan­do foi visitar a esposa mais velha, esta lhe disse, por sua vez:

— Eu sou velha e tenho a cabeça branca; arranque, pois, os cabelos pretos que tem.

Então o homem arrancou os cabelos pretos para ficar de cabeça branca. Como repetisse sem tréguas tal procedimento, a cabeça tornou-se-lhe inteiramente calva. A essa altura, ambas as esposas acharam-no horrível e ambas o abandonaram.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda, RÓNAI, Paulo, (orgs.) Mar de histórias. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1978. v. 1, p. 119.

A idéia central do texto é

(A) o problema da calvície masculina.

(B) a impossibilidade de agradar a todos.

(C) a vaidade dos homens.

(D) a insegurança na meia-idade.

5. As enchentes de minha infância

Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas eu invejava os que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o rio. Como a casa dos Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa tia, casa com varanda fresquinha dando para o rio.

Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde chegara a enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos fundos, depois às bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de uma vez, no meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a famí­lia defronte teve medo.

Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina de arrumar camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre. Parecia que as pessoas ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde da noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós, os meninos, torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da enchente, ficávamos tristes de manhãzinha quando, mal saltando da cama, íamos correndo para ver que o rio baixara um palmo – aquilo era uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava águas nas cabeceiras, então dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez crescer, queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as enchentes.

BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962. p. 157.

A expressão que revela uma opinião sobre o fato “... vinham todos dormir em nossa casa” (ℓ. 10), é

(A) “Às vezes chegava alguém a cavalo...”

(B) “E às vezes o rio atravessava a rua...”

(C) “e se tomava café tarde da noite!”

(D) “Isso para nós era uma festa...”

6.


Angeli. Folha de São Paulo, 25/04/1993.

A atitude de Romeu em relação a Dalila revela

(A) compaixão.

(B) companheirismo.

(C) insensibilidade.

(D) revolta.

7. A antiga Roma ressurge em cada detalhe

Dos 20.000 habitantes de Pompéia, só dois escaparam da fulminante erupção do vulcão Vesúvio em 24 de agosto de 79 d.C. Varrida do mapa em horas, a cidade só foi encontrada em 1748, debaixo de 6 metros de cinzas. Por ironia, a catástrofe salvou Pompéia dos conquistadores e preservou-a para o futuro, como uma jóia ar­queológica.

Para quem já esteve lá, a visita é inesquecível.

A profusão de dados sobre a cidade permitiu ao Laboratório de Realidade Virtual Avançada da Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, criar

imagens minuciosas, com apoio do instituto Americano de Arqueologia. Milhares de detalhes arquitetônicos tornaram-se visíveis. As imagens mostram até que nas casas dos ricos se comia pão branco, de farinha de trigo, enquanto na dos pobres comia-se pão preto, de centeio.

Outro megaprojeto, para ser concluído em 2020, da Universidade da Califórnia, trata da restauração virtual da história de Roma, desde os primeiros habitantes, no século XV a.C., até a decadência, no século V. Guias turísticos virtuais conduzirão o visitante por paisagens animadas por figurantes. Edifícios, monumentos, ruas, aque­dutos, termas e sepulturas desfilarão, interativamente. Será possível percorrer vinte séculos da história num dia. E ver com os próprios olhos tudo aquilo que a literatura esforçou-se para contar com palavras.

Revista Superinteressante, dezembro de 1998, p. 63.

A finalidade principal do texto é

(A) convencer.

(B) relatar.

(C) descrever.

(D) informar.

8. Texto I

Monte Castelo

Ainda que eu falasse a língua dos homens

E falasse a língua dos anjos,

Sem amor, eu nada seria.

É só o amor, é só o amor

Que conhece o que é verdade;

O amor é bom, não quer o mal,

Não sente inveja ou se envaidece.

Amor é fogo que arde sem se ver;

É ferida que dói e não se sente;

É um contentamento descontente;

É dor que desatina sem doer.

Ainda que eu falasse a língua dos homens

E falasse a língua dos anjos,

Sem amor eu nada seria.

É um não querer mais que bem querer;

É solitário andar por entre a gente;

É um não contentar-se de contente;

É cuidar que se ganha em se perder.

É um estar-se preso por vontade;

É servir a quem vence o vencedor;

É um ter com quem nos mata lealdade,

Tão contrário a si é o mesmo amor.

Estou acordado, e todos dormem, todos dormem, todos dormem.

Agora vejo em parte,

Mas então veremos face a face.

É só o amor, é só o amor

Que conhece o que é verdade.

Ainda que eu falasse a língua dos homens

E falasse a língua dos anjos,

Sem amor eu nada seria.

Legião Urbana. As quatro estações. EMI, 1989 – Adaptação de Renato Russo: I Coríntios 13 e So- neto 11, de Luís de Camões.

Texto II

Soneto 11

Amor é fogo que arde sem se ver;

É ferida que dói e não se sente;

É um contentamento descontente;

É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;

É solitário andar por entre a gente;

É nunca contentar-se de contente;

É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;

É servir a quem vence o vencedor;

É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor

Nos corações humanos amizade,

Se tão contrário a si é o mesmo amor?

Luís Vaz de Camões. Obras completas. Lisboa: Sá da Costa, 1971.

O texto I difere do texto II

(A) na constatação de que o amor pode levar até à morte.

(B) na exaltação da dor causada pelo sofrimento amoroso.

(C) na expressão da beleza do sentimento dos que amam.

(D) na rejeição da aceitação passiva do sofrimento amoroso.

9. Texto I

Telenovelas empobrecem o país

Parece que não há vida inteligente na telenovela brasileira. O que se assiste todos os dias às 6, 7 ou 8 horas da noite é algo muito pior do que os mais baratos filmes “B” americanos. Os diálogos são péssimos. As atuações, sofríveis. Três minu­tos em frente a qualquer novela são capazes de me deixar absolutamente entediado – nada pode ser mais previsível.

Antunes Filho. Veja, 11/mar/96.

Texto II

Novela é cultura

Veja – Novela de televisão aliena?

Maria Aparecida – Claro que não. Considerar a telenovela um produto cultural alienante é um tremendo preconceito da universidade. Quem acha que novela aliena está na verdade chamando o povo de débil mental. Bobagem imaginar que alguém é induzido a pensar que a vida é um mar de rosas só por causa de um enredo açu­carado. A telenovela brasileira é um produto cultural de alta qualidade técnica, e algumas delas são verdadeira obras de arte.

Veja, 24/jan/96.

Com relação ao tema “telenovela”

(A) nos textos I e II, encontra-se a mesma opinião sobre a telenovela.

(B) no texto I, compara-se a qualidade das novelas aos melhores filmes america­nos.

(C) no texto II, algumas telenovelas brasileiras são consideradas obras de arte.

(D) no texto II, a telenovela é considerada uma bobagem.

10. A floresta do contrário

Todas as florestas existem antes dos homens.

Elas estão lá e então o homem chega, vai destruindo, derruba as árvores, começa a construir prédios, casas, tudo com muito tijolo e concreto. E poluição também.

Mas nesta floresta aconteceu o contrário. O que havia antes era uma cidade dos homens, dessas bem poluídas, feia, suja, meio neurótica.

Então as árvores foram chegando, ocupando novamente o espaço, conseguiram expulsar toda aquela sujeira e se instalaram no lugar.

É o que se poderia chamar de vingança da natureza – foi assim que terminou seu relato o amigo beija-flor.

Por isso ele estava tão feliz, beijocando todas as flores – aliás, um colibri bem assanhado, passava flor por ali, ele já sapecava um beijão.

Agora o Nan havia entendido por que uma ou outra árvore tinha parede por dentro, e ele achou bem melhor assim.

Algumas árvores chegaram a engolir casas inteiras.

Era um lugar muito bonito, gostoso de se ficar. Só que o Nan não podia, pre­cisava partir sem demora. Foi se despedir do colibri, mas ele já estava namorando apertado a uma outra florzinha, era melhor não atrapalhar.

LIMA, Ricardo da Cunha. Em busca do tesouro de Magritte. São Paulo: FTD, 1988.

No trecho “Elas estão lá e então o homem chega,...” (ℓ. 2), a palavra destacada refere-se a

(A) flores.

(B) casas.

(C) florestas.

(D) árvores.

11. O que dizem as camisetas (Fragmento)

Apareceram tantas camisetas com inscrições, que a gente estranha ao deparar com uma que não tem nada escrito.

– Que é que ele está anunciando? – indagou o cabo eleitoral, apreensivo. – Será que faz propaganda do voto em branco? Devia ser proibido!

– O cidadão é livre de usar a camiseta que quiser – ponderou um senhor moderado.

– Em tempo de eleição, nunca – retrucou o outro. – Ou o cidadão manifesta sua preferência política ou é um sabotador do processo de abertura democrática.

– O voto é secreto.

– É secreto, mas a camiseta não é, muito pelo contrário. Ainda há gente neste país que não assume a sua responsabilidade cívica, se esconde feito avestruz e...

– Ah, pelo que vejo o amigo não aprova as pessoas que gostam de usar uma camiseta limpinha, sem inscrição, na cor natural em que saiu da fábrica.

(...).

DRUMMOND, Carlos. Moça deitada na grama. Rio de Janeiro: Record, 1987, p. 38-40.

O conflito em torno do qual se desenvolveu a narrativa foi o fato de

(A) alguém aparecer com uma camiseta sem nenhuma inscrição.

(B) muitas pessoas não assumirem sua responsabilidade cívica.

(C) um senhor comentar que o cidadão goza de total liberdade.

(D) alguém comentar que a camiseta, ao contrário do voto, não é secreta.

12. A função da arte

Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que desco­brisse o mar.

Viajaram para o Sul.

Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.

Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.

E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:

– Me ajuda a olhar!

GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Trad. Eric Nepomuceno 5ª ed. Porto Alegre: Editora L & PM, 1997.

O menino ficou tremendo, gaguejando porque

(A) a viagem foi longa.

(B) as dunas eram muito altas.

(C) o mar era imenso e belo.

(D) o pai não o ajudou a ver o mar.

13.

Acho uma boa idéia abrir as escolas no fim de semana, mas os alunos devem ser supervisionados por alguém responsável pelos jogos ou qualquer opção de lazer que se ofereça no dia. A comunidade poderia interagir e participar de atividades in­teressantes. Poderiam ser feitas gincanas, festas e até churrascos dentro da escola.

(Juliana Araújo e Souza)

(Correio Braziliense, 10/02/2003, Gabarito. p. 2.)

Em “A comunidade poderia interagir e participar de atividades interessantes.” (ℓ. 3, 4), a palavra destacada indica

(A) alternância.

(B) oposição.

(C) adição.

(D) explicação.

14. O mercúrio onipresente

(Fragmento)

Os venenos ambientais nunca seguem regras. Quando o mundo pensa ter descoberto tudo o que é preciso para controlá-los, eles voltam a atacar. Quando removemos o chumbo da gasolina, ele ressurge nos encanamentos envelhecidos. Quando toxinas e resíduos são enterrados em aterros sanitários, contaminam o len­çol freático. Mas ao menos acreditávamos conhecer bem o mercúrio. Apesar de todo o seu poder tóxico, desde que evitássemos

determinadas espécies de peixes nas quais o nível de contaminação é particularmente elevado, estaríamos bem. [...].

Mas o mercúrio é famoso pela capacidade de passar despercebido. Uma sé­rie de estudos recentes sugere que

o metal potencialmente mortífero está em toda parte — e é mais perigoso do que a maioria das pessoas acredita.

Jeffrey Kluger. IstoÉ. nº 1927, 27/06/2006, p.114-115.

A tese defendida no texto está expressa no trecho

(A) as substâncias tóxicas, em aterros, contaminam o lençol freático.

(B) o chumbo da gasolina ressurge com a ação do tempo.

(C) o mercúrio apresenta alto teor de periculosidade para a natureza.

(D) o total controle dos venenos ambientais é impossível.

15. Os filhos podem dormir com os pais?

(Fragmento)

Maria Tereza – Se é eventual, tudo bem. Quando é sistemático, prejudica a intimidade do casal. De qualquer forma, é importante perceber as motivações sub­jacentes ao pedido e descobrir outras maneiras aceitáveis de atendê-las. Por vezes, a criança está com medo, insegura, ou sente que tem poucas oportunidades de con­tato com os pais. Podem ser criados recursos próprios para lidar com seus medos e inseguranças, fazendo ela se sentir mais competente.

Posternak – Este hábito é bem freqüente. Tem a ver com comodismo – é mais rápido atender ao pedido dos filhos que agüentar birra no meio da madrugada; e com culpa – “coitadinho, eu saio quando ainda dorme e volto quando já está dormin­do”. O que falta são limites claros e concretos. A criança que “sacaneia” os pais para dormir também o faz para comer, escolher roupa ou aceitar as saídas familiares.

ISTOÉ, setembro de 2003 -1772.

O argumento usado para mostrar que os pais agem por comodismo encontra-se na alternativa

(A) a birra na madrugada é pior.

(B) a criança tem motivações subjacentes.

(C) o fato é muitas vezes eventual.

(D) os limites estão claros.

16. Necessidade de alegria

O ator que fazia o papel de Cristo no espetáculo de Nova Jerusalém ficou tão compenetrado da magnitude da tarefa que, de ano para ano, mais exigia de si mes­mo, tanto na representação como na vida rotineira.

Não que pretendesse copiar o modelo divino, mas sentia necessidade de aper­feiçoar-se moralmente, jamais se permitindo a prática de ações menos nobres. E exagerou em contenção e silêncio.

Sua vida tornou-se complicada, pois os amigos de bar o estranhavam, os cole­gas de trabalho no escritório da Empetur (Empresa Pernambucana de Turismo) pas­saram a olhá-lo com espanto, e em casa a mulher reclamava do seu alheamento.

No sexto ano de encenação do drama sacro, estava irreconhecível. Emagrecera, tinha expressão sombria no

olhar, e repetia maquinalmente as palavras tradicionais. Seu desempenho deixou a desejar.

Foi advertido pela Empetur e pela crítica: devia ser durante o ano um homem alegre, descontraído, para tornar-se perfeito intérprete da Paixão na hora certa. Além

do mais, até a chegada a Jerusalém, Jesus era jovial e costumava ir a festas.

Ele não atendeu às ponderações, acabou destituído do papel, abandonou a família, e dizem que se alimenta de gafanhotos no agreste.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Histórias para o Rei.

2ª ed. Rio de Janeiro: Record, 1998. p. 56.

Qual é a informação principal no texto “Necessidade de alegria”?

(A) A arte de representar exige compenetração.

(B) O ator pode exagerar em contenção e silêncio.

(C) O ator precisa ser alegre.

(D) É necessário aperfeiçoar-se.

17. O cabo e o soldado

Um cabo e um soldado de serviço dobravam a esquina, quando perceberam que a multidão fechada em círculo observava algo. O cabo foi logo verificar do que se tratava.

Não conseguindo ver nada, disse, pedindo passagem:

— Eu sou irmão da vítima.

Todos olharam e logo o deixaram passar.

Quando chegou ao centro da multidão, notou que ali estava um burro que tinha acabado de ser atropelado e, sem graça, gaguejou dizendo ao soldado:

— Ora essa, o parente é seu.

Revista Seleções. Rir é o melhor remédio. 12/98, p.91

No texto, o traço de humor está no fato de

(A) o cabo e um soldado terem dobrado a esquina.

(B) o cabo ter ido verificar do que se tratava.

(C) todos terem olhado para o cabo.

(D) ter sido um burro a vítima do atropelamento.

18. Eu sou Clara

Sabe, toda a vez que me olho no espelho, ultimamente, vejo o quanto eu mudei por fora. Tudo cresceu: minha altura, meus cabelos lisos e pretos, meus seios. Meu corpo tomou novas formas: cintura, coxas, bumbum. Meus olhos (grandes e pretos) estão com um ar mais ousado. Um brilho diferente. Eu gosto dos meus olhos. São bonitos. Também gosto dos meus dentes, da minha franja... Meu grande problema são as orelhas. Acho orelha uma coisa horrorosa, não sei por que (nunca vi ninguém com uma orelha bonitona, bem-feita). Ainda bem que cabelo cobre orelha!

Chego à conclusão de que tenho mais coisas que gosto do que desgosto em mim. Isso é bom, muito bom. Se a gente não gostar da gente, quem é que vai gos­tar? (Ouvi isso em algum lugar...) Pra eu me gostar assim, tenho que me esforçar um monte.

Tomo o maior cuidado com a pele por causa das malditas espinhas (babo quando vejo um chocolate!). Não como gordura (é claro que maionese não falta no meu sanduíche com batata frita, mas tudo light...) nem tomo muito refri (celulite!!!). Procuro manter a forma. Às vezes

sinto vontade de fazer tudo ao contrário: comer, comer, comer... Sair da aula de ginástica, suando, e tomar três garrafas de refrigerante geladinho. Pedir cheese bacon com um mundo de maionese.

Engraçado isso. As pessoas exigem que a gente faça um tipo e o pior é que a gente acaba fazendo. Que droga! Será que o mundo feminino inteiro tem que ser igual? Parecer com a Luíza Brunet ou com a Bruna Lombardi ou sei lá com quem? Será que tem que ser assim mesmo?

Por que um monte de garotas que eu conheço vivem cheias de complexos? Umas porque são mais gordinhas. Outras porque os cabelos são crespos ou porque são um pouquinho narigudas.

Eu não sei como me sentiria se fosse gorda, ou magricela, ou nariguda, ou dentuça, ou tudo junto. Talvez sofresse, odiasse comprar roupas, não fosse a festas... Não mesmo! Bobagem! Minha mãe sempre diz que beleza é “um conceito muito rela­tivo”. O que pode ser bonito pra uns, pode não ser pra outros. Ela também fala sem­pre que existem coisas muito mais importantes que tornam uma mulher atraente: inteligência e charme, por exemplo. Acho que minha mãe está coberta de razão!

Pois bem, eu sou Clara. Com um pouco de tudo e muito de nada.

RODRIGUES, Juciara. Difícil decisão. São Paulo: Atual, 1996.

No trecho “...nem tomo muito refri (celulite!!!).” (ℓ.14), a repetição do “ponto de excla­mação” sugere que a personagem tem

(A) incerteza quanto às causas da celulite.

(B) medo da ação do refrigerante.

(C) horror ao aparecimento da celulite.

(D) preconceito contra os efeitos da celulite.

19. A beleza total

A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a própria Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante de seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos as visitas. Não ousavam abranger o corpo inteiro de Gertrudes. Era impossível, de tão belo, e o espelho do banheiro, que se atreveu a isto, partiu-se em mil estilha­ços.

A moça já não podia sair à rua, pois os veículos paravam à revelia dos condu­tores, e estes, por sua vez, perdiam toda capacidade de ação. Houve um engarrafa­mento monstro, que durou uma semana, embora Gertrudes houvesse voltado logo para casa.

O Senado aprovou lei de emergência, proibindo Gertrudes de chegar à janela. A moça vivia confinada num salão em que só penetrava sua mãe, pois o mordomo se suici­dara com uma foto de Gertrudes sobre o peito.

Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu destino fatal: a ex­trema beleza. E era feliz, sabendo-se incomparável. Por falta de ar puro, acabou sem condições de vida, e um dia cerrou os olhos para sempre. Sua beleza saiu do corpo e ficou pairando, imortal. O corpo já então enfezado de Gertrudes foi recolhido ao jazigo, e a beleza de Gertrudes continuou cintilando no salão fechado a sete chaves.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: José Olympio, 1985.

Em que oração, adaptada do texto, o verbo personificou um objeto?

(A) O espelho partiu-se em mil estilhaços.

(B) Os veículos paravam contra a vontade dos condutores.

(C) O Senado aprovou uma lei em regime de urgência.

(D) Os espelhos pasmavam diante do rosto de Gertrudes.

20. A chuva

A chuva derrubou as pontes. A chuva transbordou os rios. A chuva molhou os transeuntes. A chuva encharcou as praças. A chuva enferrujou as máquinas. A chuva enfureceu as marés. A chuva e seu cheiro de terra. A chuva com sua cabeleira. A chuva esburacou as pedras. A chuva alagou a favela. A chuva de canivetes. A chuva enxugou a sede. A chuva anoiteceu de tarde. A chuva e seu brilho prateado. A chuva de retas paralelas sobre a terra curva. A chuva destroçou os guarda-chuvas. A chuva durou muitos dias. A chuva apagou o incêndio. A chuva caiu. A chuva derramou-se. A chuva murmurou meu nome. A chuva ligou o pára-brisa. A chuva acendeu os faróis. A chuva tocou a sirene. A chuva com a sua crina. A chuva encheu a piscina. A chuva com as gotas grossas. A chuva de pingos pretos. A chuva açoitando as plantas. A chuva senhora da lama. A chuva sem pena. A chuva apenas. A chuva empenou os móveis. A chuva amarelou os livros. A chuva corroeu as cercas. A chuva e seu baque seco. A chuva e seu ruído de vidro. A chuva inchou o brejo. A chuva pingou pelo teto. A chuva multiplicando insetos. A chuva sobre os varais. A chuva derrubando raios. A chuva acabou a luz. A chuva molhou os cigarros. A chuva mijou no telhado. A chuva regou o gramado. A chuva arrepiou os poros. A chuva fez muitas poças. A chuva secou ao sol.

ANTUNES, Arnaldo. As coisas. São Paulo: Iluminuras, 1996.

Todas as frases do texto começam com “a chuva”. Esse recurso é utilizado para

(A) provocar a percepção do ritmo e da sonoridade.

(B) provocar uma sensação de relaxamento dos sentidos.

(C) reproduzir exatamente os sons repetitivos da chuva.

(D) sugerir a intensidade e a continuidade da chuva.

21. O homem que entrou pelo cano

Abriu a torneira e entrou pelo cano. A princípio incomodava-o a estreiteza do tubo. Depois se acostumou. E, com a água, foi seguindo. Andou quilômetros. Aqui e ali ouvia barulhos familiares. Vez ou outra um desvio, era uma seção que terminava em torneira.

Vários dias foi rodando, até que tudo se tornou monótono. O cano por dentro não era interessante.

No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma criança brincava.

Então percebeu que as engrenagens giravam e caiu numa pia. À sua volta era um branco imenso, uma água límpida. E a cara da menina aparecia redonda e grande, a olhá-lo interessada. Ela gritou: “Mamãe, tem um homem dentro da pia”.

Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu pelo esgoto.

BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras Proibidas. São Paulo: Global, 1988, p. 89.

Na frase “Mamãe, tem um homem dentro da pia.” (ℓ. 9), o verbo empregado repre­senta, no contexto, uma marca de

(A) registro oral formal.

(B) registro oral informal.

(C) falar regional.

(D) falar caipira.

GABARITO

Questões

A

B

C

D

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